quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Ilha de Trindade e Martim Vaz

Um pedacinho do Espírito Santo no meio do oceano Atlântico
Trindade e Martim Vaz é um arquipélago pertencente ao estado do Espírito Santo, situado no oceano Atlântico, e a cerca de 1.200 quilômetros a leste de Vitória, município ao qual está integrado o seu território.
É constituído por duas ilhas principais (Trindade e Martim Vaz), separadas por 48 quilômetros, que somam uma área total de 10,4 km². As ilhas são consideradas pelos navegadores como um imenso paredão no meio do Atlântico. São desabitadas, à exceção de uma guarnição de 32 militares da Marinha Brasileira, que têm sua base na Ilha da Trindade. As ilhas alcançam uma altitude máxima de 600 metros acima do nível do mar em Trindade.
Ilhas de Martim Vaz
É um conjunto de ilhas formado pela ilha principal (Martim Vaz, com altitude máxima de 175 metros), duas ilhotas íngremes e inacessíveis (a Ilha do Norte, com altitude máxima 65 metros, e a Ilha do Sul, com 122 metros de altitude máxima) e vários rochedos menores, como Rochedo Agulha, espalhados a 48 km a leste de Trindade, perfazendo uma área total de 0,3 km² (30 hectares). A vegetação é predominantemente rasteira, com a presença de raros arbustos no topo, que são impiedosamente açoitados pelo vento. A fauna é formada apenas por caranguejos, aranhas endêmicas e centenas de aves migratórias. Como lajes e alto-fundos cercam as ilhas, revelando um campo minado nem sempre emerso, desconhecidos e pouco registrados nas cartas náuticas, a área é naufrágio a vista para embarcações desavisadas de qualquer porte. A única maneira menos arriscada de desembarque é de helicóptero, por ser literalmente vertical e plana em cima, como um chapadão (surgem abruptamente do mar).
Ilha de Trindade
Trindade é uma ilha vulcânica com 9,2 km² de área e encontra-se a 1.167 quilômetros de distância do continente. Embora não tenha população permanente, desde 1957 o arquipélago sedia o Posto Oceanográfico da Ilha da Trindade (POIT), guarnecido por 32 homens da Marinha do Brasil, metade dos quais revezados a cada bimestre. Além da guarda desse território insular brasileiro, esses homens executam a coleta de dados maregráficos e meteorológicos daquela região do Atlântico Sul.
Flora e fauna
A pesquisa ambiental acerca do ecossistema da ilha encontra-se a cargo da equipe de pesquisas do Museu Nacional. De acordo com estudos do naturalista Ruy Alves, existem 124 espécies botânicas na ilha, 11 das quais endêmicas. A principal espécie vegetal é a samambaia gigante. A principal espécie animal terrestre na ilha é o caranguejo vermelho, que ocorre até mesmo nos picos mais altos. No passado foram deixados para trás cabras, porcos e outros animais domesticados e como eles perturbavam o ambiente natural, a Marinha em envivou esforços para erradicar as duas espécies exóticas. Existem também aves marinhas. No mar é grande a variedade de espécies, mas a que só ocorre ali é a de um peixe, o cangulo, conhecido entre a guarnição da Marinha do Brasil como "pufa" ("pufavô me pegue!"), e que ataca em bando, tal como as piranhas ao menor sinal de sangue. A ilha é local de desova de grande contingente da tartaruga verde (Chelonia mydas) e área de alimentação da tartaruga de pente (Eretmochelys imbricata).
Fonte: Wikipédia

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